Quando criança, seu pai capotou seu passat branco velhinho com ele e seu irmão dentro, após sofrer dirigindo uma terrível crise de labirintite (carrega até hoje em sua mão a cicatriz desse dia, mas por sorte, ninguém se machucou gravemente). Nesse episódio dentro da sua infância que foi muito simples, porém muito feliz, ele começou a se questionar sobre as doenças que provocam tontura, pois se lembra perfeitamente que ninguém descobria ao certo o que seu pai tinha. A vida toda estudando em escolas públicas, se dedicou muito para passar no vestibular de medicina pública e se graduou Médico, sendo Orador de sua turma, pela Famema (Faculdade de Medicina de Marília – Estadual de São Paulo), na qual sempre se mostrou engajado em um entendimento mais profundo do Cérebro e da Mente. Se formou neurologista pela USP e realizou Clerkship em Londres, no Queen’s Square Hospital of Neurology / Imperial College London, um dos grandes centros de estudo em Tontura do mundo, onde se apaixonou pela área e decidiu dedicar toda sua carreira a ajudar pessoas com tontura. Também na USP, realizou Fellowship em Tontura, Vertigem e Desequilíbrio (Distúrbios Vestibulares), além de Fellowship em Hospitalismo Neurológico. Foi chefe por anos do Departamento de Neurologia de dois grandes hospitais públicos de referência em São Paulo: Hospital Municipal do Campo Limpo e Hospital Geral de Pirajussara. Hoje chefia sua equipe em internações particulares no Hospital Israelita Albert Einstein. 

Atuou por muito tempo no ensino aos médicos dentro da área de Tontura, ministrando aulas e discussões clínicas aos médicos residentes de Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo (HCFMUSP), além de contribuir até hoje com diversas palestras em Congressos de Neurologia e publicações médicas científicas. Hoje é membro titular da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), na qual é o coordenador do Departamento Científico de Distúrbios Vestibulares e do Equilíbrio. Idealista, luta por mais informação aos médicos e à população sobre o amplo universo das doenças que levam à Tontura e Vertigem (equivocadamente conhecidas como Labirintite). Inovador e criativo, é co-criador do canal no YouTube Neurologia e Psiquiatria junto com a psiquiatra Maria Fernanda Caliani, portal que impacta milhões de pessoas e difunde o conhecimento médico de forma fácil. Dedica toda a sua carreira há muitos anos ao combate às doenças que causam vertigem, acumulando experiência de milhares de casos de tontura atendidos ao longo desses anos.  

Atualmente atende em Alphaville em sua clínica particular e conta com uma equipe capacitada de neurologistas e fisioterapeuta para atendimento humanizado e de excelência e tratamento de tonturas.  

Seu sonho impossível é de acabar com a Tontura do mundo.

“Você não esta sozinho nessa luta contra a chata da tontura. E lembre-se, a esmagadora maioria das doenças que geram vertigem tem tratamento. Espero de verdade que você encontre um caminho para sua melhora” 

Muitas pessoas sentem tontura. Isso é um fato. E é comum que essas pessoas se perguntem se a tontura que elas sentem é labirintite. Porque labirintite é a tontura que todo mundo ouve dizer. Uma grande revelação pra você: labirintite é uma doença muito rara, difícil de ocorrer. Como assim se tanta gente fala que tem labirintite? A labirintite é um quadro infeccioso do labirinto que se trata com antibióticos que é muito rara. O que ocorre na verdade é que as doenças que provocam tontura (que são muitas) acabam ganhando o nome de “labirintite” mas na verdade não é. Por um vício médico e popular. Tudo é labirintite. Virou quase que um apelido pra todas as tonturas, qualquer que seja ela.

Existem muitas tonturas. Tontura pode ocorrer por problemas metabólicos como desidratação, distúrbios dos sais do sangue, distúrbios hormonais, uso de drogas, anemia, etc (a ressaca após uma bebedeira por exemplo vem com uma sensação de tontura, assim como estamos doentes, não sentimos tontos); pode ocorrer tontura por problema de coração (quando a pressão cai muito, a pessoa sente tontura); ou pode ocorrer por problemas no sistema vestibular (sistema neurológico que controla o equilíbrio e postura) em doenças que acometem os labirintos, os nervos que controlam os labirintos, ou as partes dos cérebros envolvidas com a captação e tradução das informações que vem do nosso labirinto. Quando a doença esta correndo no sistema vestibular, a sensação de tontura experimentada normalmente é de que as coisas estão girando ou balançando (isso se chama vertigem) ou desequilíbrio.

São muitas as doenças vestibulares e elas tem nomes difíceis: Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB), Doença de Menierè, Fístula Endolinfática, Neurite Vestibular, Migrânea Vestibular, Vertigem Posicional, Vertigem de Origem Central, Nistagmo downbeat Idiopáticao, Paroxismia Vestibular, entre muitas outras. Cada uma delas tem um tratamento específico e diferente. Tem até um tipo comum de vertigem (a VPPB) que se trata sem remédios, que se cura com algumas manobras pra corrigir o labirinto (Manobra de Epley ou Manobra de Semont).

Ou seja, nao existe um remédio que serve pra todas as “labirintites”. Pelo contrário, cada tipo de tontura tem seu tratamento dependendo do tipo de tontura que estamos lidando e da doença por trás dessa tontura. Se você usa remédio pra “labirintite” há muito tempo e nunca melhorou, cuidado! Pode ser que o remédio que você esteja usando não é o ideal. Vale a busca a um especialista pra conferir exatamente qual o tipo de tontura que você tem para um tratamento direcionado. “Labirintite” tem tratamento! Assista aos vídeos acima para mais informações.